Por que sua estratégia de social media precisa sair do funil linear
- Indi Coltro
- 15 de abr.
- 2 min de leitura
(e entrar no mapa de influência que o Google e o BCG acabaram de lançar)

Durante décadas, profissionais de marketing planejaram suas estratégias com base no bom e velho funil: conhecimento, consideração, ação.
Mas uma nova pesquisa do BCG com o Google acaba de mostrar o que, na prática, já estávamos sentindo: a jornada do consumidor não é mais linear. Ela é fluida, imprevisível e personalizada.
E, mais importante: os canais também mudaram de papel.
Do funil ao mapa de influência
Segundo o estudo, o comportamento do consumidor hoje gira em torno dos chamados 4S:
Streaming (assistir)
Scrolling (navegar)
Search (pesquisar)
Shopping (comprar)
Esses quatro comportamentos acontecem em todas as fases da jornada e em diferentes intensidades dependendo da pessoa, da categoria e do momento.
Para refletir isso, o BCG propõe substituir o funil linear por um novo modelo: o mapa de influência. Nele, cada ponto de contato é avaliado não apenas pela sua presença, mas pelo grau de influência real que exerce na tomada de decisão.
Redes sociais nas três fases da jornada
Um dos dados mais interessantes da pesquisa está no gráfico que mostra onde cada canal atua.
Rede social aparece nas três fases da jornada: conhecimento, consideração e ação.
No topo, o social media inspira.
No meio, ele constrói confiança, mostra bastidores, ativa comunidade.
No fundo, ele ativa promoções, social commerce, reviews e call to actions.
Ou seja: não é o canal que muda. É o papel estratégico do conteúdo.
Influência é mais importante que alcance
Uma das grandes sacadas do estudo é essa: alcance não garante influência.
Segundo Derek Rodenhausen, do BCG:
"Sabemos que alguns pontos de contato de mídia com alto alcance têm menos influência do que outros."
O futuro não é sobre estar em todo lugar. É sobre estar no lugar certo, com a mensagem certa, na hora certa.
O papel da IA nesse novo modelo
O BCG afirma que apenas com IA é possível operar campanhas com base nesse novo modelo. Afinal, se cada jornada é única, é preciso que a inteligência artificial:
identifique padrões em tempo real
otimize mensagens por contexto e comportamento
automatize criativos conforme o momento da jornada
Empresas que já usam IA de forma madura estão crescendo 60% mais rápido do que seus concorrentes, segundo a pesquisa.
E o que isso muda na estratégia de social?
Tudo.
O social media deixa de ser um canal de "presença" para virar uma plataforma de influência contínua.
Não faz mais sentido planejar conteúdo isolado, desconectado das etapas reais da tomada de decisão.
Agora, cada peça precisa ter um papel: atrair, sustentar ou converter.
Pra quem quiser se aprofundar, aqui está a pesquisa completa:
Sua marca ainda está operando num funil que não existe mais? Ou já entendeu que o jogo agora é sobre influência real, não só presença?
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